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O ecossistema da pesquisa em dados, análise e informação

O ecossistema da pesquisa em dados, análise e informação

UFRJ mostra evolução constante no número de pesquisas científicas e de colaborações com parceiros internacionais

Felipe Rosa
Superintendente-Geral de Pós-Graduação e Pesquisa
Professor do Instituto de Física

No Brasil, universidade pública e pesquisa científica perfazem uma simbiose tão intensa que, em verdade, é difícil imaginar a segunda sem a primeira. Na década passada, por exemplo, as universidades federais e estaduais responderam por espantosos 95% de toda a produção científica brasileira, ou seja, de cada 20 trabalhos publicados, 19 vieram do ecossistema universitário. Assim sendo, não se trata de absolutamente nenhum exagero afirmar que, se há ciência – exata, humana, da saúde, social – de qualidade no Brasil, isso se deve às universidades públicas.

Sendo a universidade mais antiga do Brasil, a UFRJ ocupa um lugar de destaque nesse paradigma. Desenvolvemos uma tradição de pesquisa nas mais diversas áreas, da literatura à nanotecnologia. Os números compilados neste artigo fornecem uma pequena amostra do impacto científico-cultural de nossa universidade no Brasil e no mundo, com ênfase na evolução dos últimos 20 anos.

Os números mostram que a UFRJ veio, exceto nos anos da pandemia de Covid-19, numa ascensão constante de publicações científicas, de 2004 a 2024, até chegar aos quase 90 mil trabalhos no total desse período. Esse dado é comparável ao de instituições internacionalmente renomadas de porte parecido, como a Universidad Complutense de Madrid, mostrando que a UFRJ se insere no mapa científico mundial com altivez.

Além disso, não é apenas no volume bruto de suas atividades que a UFRJ se destaca. Entre as publicações ditas de maior impacto, ou seja, aquelas que estão entre as 10% mais citadas, nossa universidade marca uma bela presença, com aproximadamente 7.300 trabalhos, 8% de suas publicações.

Chama ainda a atenção o grande movimento de internacionalização da UFRJ, ilustrado inequivocamente pela performance das colaborações com parceiros internacionais, que em 2024 ultrapassaram as que são exclusivamente nacionais (2.307 x 2.240). Tudo isso mostra que, apesar dos pesares, a UFRJ tem feito o “bom combate” na sua missão de elevar o nível da ciência brasileira.

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