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O primeiro núcleo de pesquisa do Campus Duque de Caxias
O Numpex-Bio tem três áreas de destaque: a nanobiotecnologia, a biologia integrativa e a biologia evolutiva e do desenvolvimento

O primeiro núcleo de pesquisa do Campus Duque de Caxias

Laboratório criado em 2012, Numpex-Bio reúne 32 professores e 110 alunos em pesquisas que impactam saúde, meio ambiente e agricultura

Ana Clara Prevedello

Você já parou para pensar na quantidade de pesquisas científicas desenvolvidas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e nos locais em que cada uma delas é realizada? Do estudo da germinação de frutas para entender pragas nas lavouras à coleta de materiais que analisam a evolução do Alzheimer, o Núcleo Multidisciplinar de Pesquisa em Biologia (Numpex-Bio), em Duque de Caxias, é parte fundamental do processo de produção de conhecimento acadêmico.

Fundado em 2012, foi o primeiro núcleo de pesquisa criado no Campus Professor Geraldo Cidade. Desde então, tornou-se referência na produção científica da região, com 32 docentes cadastrados e cerca de 110 alunos em projetos. Apesar do nome, a atuação vai muito além da biologia tradicional, com frentes que impactam diretamente a saúde, o meio ambiente e a agricultura.

São três áreas em destaque: a nanobiotecnologia, voltada para o desenvolvimento de soluções relacionadas à saúde e ao meio ambiente e a aplicações ambientais que atuam na remediação de poluentes, na agrobiologia e no melhoramento de plantas; a biologia integrativa, que estuda a compreensão de fenômenos biológicos envolvidos em diferentes patologias e problemas de saúde; e a biologia evolutiva e do desenvolvimento, que analisa fenômenos evolutivos da espécie.

“Nosso núcleo de pesquisa é multiusuário, com infraestrutura completa, incluindo salas especializadas, áreas de experimentação e biotério. Desenvolvemos pesquisas multidisciplinares que vão de experimentos com roedores a estudos sobre doenças, patologias e organismos vegetais, integrando áreas que abrangem da ciência de materiais à biologia em projetos translacionais”, explica Brunno Verçoza, coordenador do Numpex-Bio.

O campus de Xerém abriga outros dois núcleos: o Numpex-Comp, voltado para pesquisas em computação, e, mais recentemente, o Numpex Nano, dedicado a frentes específicas da nanotecnologia.

A biomédica e mestre em Bioquímica Júlia Tavares Vieira fez graduação em Petrópolis, mas sonhava em estudar na UFRJ. Hoje ela trabalha no Numpex-Bio, analisando o potencial tóxico de elementos químicos sobre algas, estudo importante para a preservação da biodiversidade. “Sempre quis estudar na UFRJ. Então surgiu a oportunidade de realizar pesquisa no campus de Duque de Caxias. Neste laboratório, há uma grande variedade de equipamentos, e eu tenho contato com alunos e professores de diversas áreas. Isso me permite uma troca significativa, com pesquisadores de diferentes visões.”


Há três anos no laboratório, a estudante de biotecnologia Beatriz de Oliveira dedica-se ao desenvolvimento de testes voltados ao combate do fungo Candida albicans, responsável por causar a candidíase. O estudo fará parte da sua monografia. “Estou aprendendo muito, tenho muito orgulho. Não seria possível se não fosse o Numpex. O que faz diferença aqui são as pessoas. Os técnicos são prestativos e estão sempre dispostos a ajudar. Como estudante, isso é bem importante. Foi aqui que aprendi, na prática, tudo o que via nas aulas.”

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