Accessibility Tools

Você está aqui:
>
Três minutos e muitos desafios
Para motivar o interesse pela ciência, Wanessa Machado vive a abelha Abélia (Divulgação)

Três minutos e muitos desafios

Vencedoras do 3MT comunicam temas complexos e popularizam a ciência

Vivi Fernandes de Lima

Abélia é uma abelha que se revolta contra os agrotóxicos, personagem da peça “Gaia Pachamama, uma parábola ambientalista”, fruto da criação coletiva de professores e alunos do Laboratório de Ciência, Arte e Educação, do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/ UFRJ). Em cena, dando vida à abelha, está Wanessa Machado, uma das três vencedoras do concurso Três Minutos de Tese (3MT), cuja etapa final foi realizada em 30 de outubro na universidade.

Com a pesquisa “Quando a ciência sobe ao palco: pedagogia teatral como estratégia de ensino e aprendizagem”, Wanessa é doutoranda em Educação, Gestão e Difusão Científica no IbqM. Seu estudo busca a elaboração de um protocolo de formação de professores de ciências que integrem o teatro em suas aulas. A pesquisadora traz arte e ciência em seu currículo desde a graduação, já que é formada em Cinema e Psicologia e já atuou como atriz. “Percebi o quanto a arte pode ser produtiva e divertida para os alunos”.

A bagagem artística facilitou sua participação na etapa presencial do 3MT, mas ainda assim foi um desafio: “Estava no meu habitat natural porque adoro um palco, mas ainda assim dá um frio na barriga”, diz Wanessa, que venceu o concurso na categoria Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes.

Antes da final do concurso, os 21 finalistas participaram de uma formação online sobre divulgação científica. Segundo a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Christine Ruta, o objetivo do curso ofereceu aos participantes “a oportunidade de trabalhar desde técnicas de oratória e expressão corporal até recursos de storytelling e síntese de conteúdos complexos”.

Emoção que comunica

Ana Luiza Ribeiro Gomes, vencedora na categoria Engenharias e Ciências Exatas e da Terra, aproveitou bem as dicas dadas no curso, como a inclusão da emoção na apresentação. Para explicar a tese “Desenvolvimento e validação de materiais para captura de CO₂”, começou falando de saudade: “Como sou de Anápolis, em Goiás, comecei contando que era do interior, que sentia falta da comida e das noites leves e frescas de lá”.

Daí por diante, Ana Luiza explanou sobre como possíveis soluções inovadoras e sustentáveis para a captura de CO₂ podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e como esse conhecimento pode ser aplicado nas indústrias. Seu estudo integra o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos. “Para encerrar, disse que minha pesquisa era uma chance de devolver para o futuro as noites leves e frescas que eu tanto sentia falta.”

Comparar para descomplicar

Além do aspecto emocional, outros recursos de oratória ajudam a comunicar temas complexos, como humor e comparações com ações do cotidiano. Loreena Klein, vencedora na categoria Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, comparou o olho humano a uma cozinha profissional para apresentar a tese “Reprogramação da Glia de Müller in vivo para geração de células ganglionares da retina”, do Doutorado em Ciências Biológicas – Biofísica. Nessa cozinha, as células ganglionares da retina são os chefs, que levam a informação visual para o nosso cérebro, ou seja, o prato principal; as demais células da retina são os ajudantes, que dependem dos chefs.

LEGENDA: Loreena Klein fez esquemas e comparou os olhos a cozinhas com chefs e ajudantes (Divulgação)

A pesquisa de Loreena busca contribuir para o desenvolvimento de terapias inovadoras que revertam doenças de perda visual grave, como o glaucoma. Para isso, desenvolve uma forma de “promover” esses ajudantes de cozinha em chefs. “Mais do que reduzir a tese em três minutos, o maior desafio foi falar de um tema complexo para um público tão abrangente”, diz Loreena, comemorando o prêmio.

Abélia é uma abelha que se revolta contra os agrotóxicos, personagem da peça “Gaia Pachamama, uma parábola ambientalista”, fruto da criação coletiva de professores e alunos do Laboratório de Ciência, Arte e Educação, do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/ UFRJ). Em cena, dando vida à abelha, está Wanessa Machado, uma das três vencedoras do concurso Três Minutos de Tese (3MT), cuja etapa final foi realizada em 30 de outubro na universidade.

Com a pesquisa “Quando a ciência sobe ao palco: pedagogia teatral como estratégia de ensino e aprendizagem”, Wanessa é doutoranda em Educação, Gestão e Difusão Científica no IbqM. Seu estudo busca a elaboração de um protocolo de formação de professores de ciências que integrem o teatro em suas aulas. A pesquisadora traz arte e ciência em seu currículo desde a graduação, já que é formada em Cinema e Psicologia e já atuou como atriz. “Percebi o quanto a arte pode ser produtiva e divertida para os alunos”.

A bagagem artística facilitou sua participação na etapa presencial do 3MT, mas ainda assim foi um desafio: “Estava no meu habitat natural porque adoro um palco, mas ainda assim dá um frio na barriga”, diz Wanessa, que venceu o concurso na categoria Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes.

Antes da final do concurso, os 21 finalistas participaram de uma formação online sobre divulgação científica. Segundo a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Christine Ruta, o objetivo do curso ofereceu aos participantes “a oportunidade de trabalhar desde técnicas de oratória e expressão corporal até recursos de storytelling e síntese de conteúdos complexos”.

Emoção que comunica

Ana Luiza Ribeiro Gomes, vencedora na categoria Engenharias e Ciências Exatas e da Terra, aproveitou bem as dicas dadas no curso, como a inclusão da emoção na apresentação. Para explicar a tese “Desenvolvimento e validação de materiais para captura de CO₂”, começou falando de saudade: “Como sou de Anápolis, em Goiás, comecei contando que era do interior, que sentia falta da comida e das noites leves e frescas de lá”.

Daí por diante, Ana Luiza explanou sobre como possíveis soluções inovadoras e sustentáveis para a captura de CO₂ podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e como esse conhecimento pode ser aplicado nas indústrias. Seu estudo integra o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos. “Para encerrar, disse que minha pesquisa era uma chance de devolver para o futuro as noites leves e frescas que eu tanto sentia falta.”

Ana Luiza Gomes recorreu a desenhos para falar da importância da captura de CO₂ (Divulgação)

Comparar para descomplicar

Além do aspecto emocional, outros recursos de oratória ajudam a comunicar temas complexos, como humor e comparações com ações do cotidiano. Loreena Klein, vencedora na categoria Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, comparou o olho humano a uma cozinha profissional para apresentar a tese “Reprogramação da Glia de Müller in vivo para geração de células ganglionares da retina”, do Doutorado em Ciências Biológicas – Biofísica. Nessa cozinha, as células ganglionares da retina são os chefs, que levam a informação visual para o nosso cérebro, ou seja, o prato principal; as demais células da retina são os ajudantes, que dependem dos chefs.

A pesquisa de Loreena busca contribuir para o desenvolvimento de terapias inovadoras que revertam doenças de perda visual grave, como o glaucoma. Para isso, desenvolve uma forma de “promover” esses ajudantes de cozinha em chefs. “Mais do que reduzir a tese em três minutos, o maior desafio foi falar de um tema complexo para um público tão abrangente”, diz Loreena, comemorando o prêmio.

Abélia é uma abelha que se revolta contra os agrotóxicos, personagem da peça “Gaia Pachamama, uma parábola ambientalista”, fruto da criação coletiva de professores e alunos do Laboratório de Ciência, Arte e Educação, do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/ UFRJ). Em cena, dando vida à abelha, está Wanessa Machado, uma das três vencedoras do concurso Três Minutos de Tese (3MT), cuja etapa final foi realizada em 30 de outubro na universidade.

Com a pesquisa “Quando a ciência sobe ao palco: pedagogia teatral como estratégia de ensino e aprendizagem”, Wanessa é doutoranda em Educação, Gestão e Difusão Científica no IbqM. Seu estudo busca a elaboração de um protocolo de formação de professores de ciências que integrem o teatro em suas aulas. A pesquisadora traz arte e ciência em seu currículo desde a graduação, já que é formada em Cinema e Psicologia e já atuou como atriz. “Percebi o quanto a arte pode ser produtiva e divertida para os alunos”.

A bagagem artística facilitou sua participação na etapa presencial do 3MT, mas ainda assim foi um desafio: “Estava no meu habitat natural porque adoro um palco, mas ainda assim dá um frio na barriga”, diz Wanessa, que venceu o concurso na categoria Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes.

Antes da final do concurso, os 21 finalistas participaram de uma formação online sobre divulgação científica. Segundo a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Christine Ruta, o objetivo do curso ofereceu aos participantes “a oportunidade de trabalhar desde técnicas de oratória e expressão corporal até recursos de storytelling e síntese de conteúdos complexos”.

Emoção que comunica

Ana Luiza Ribeiro Gomes, vencedora na categoria Engenharias e Ciências Exatas e da Terra, aproveitou bem as dicas dadas no curso, como a inclusão da emoção na apresentação. Para explicar a tese “Desenvolvimento e validação de materiais para captura de CO₂”, começou falando de saudade: “Como sou de Anápolis, em Goiás, comecei contando que era do interior, que sentia falta da comida e das noites leves e frescas de lá”.

Daí por diante, Ana Luiza explanou sobre como possíveis soluções inovadoras e sustentáveis para a captura de CO₂ podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e como esse conhecimento pode ser aplicado nas indústrias. Seu estudo integra o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos. “Para encerrar, disse que minha pesquisa era uma chance de devolver para o futuro as noites leves e frescas que eu tanto sentia falta.”

Comparar para descomplicar

Além do aspecto emocional, outros recursos de oratória ajudam a comunicar temas complexos, como humor e comparações com ações do cotidiano. Loreena Klein, vencedora na categoria Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, comparou o olho humano a uma cozinha profissional para apresentar a tese “Reprogramação da Glia de Müller in vivo para geração de células ganglionares da retina”, do Doutorado em Ciências Biológicas – Biofísica. Nessa cozinha, as células ganglionares da retina são os chefs, que levam a informação visual para o nosso cérebro, ou seja, o prato principal; as demais células da retina são os ajudantes, que dependem dos chefs.

A pesquisa de Loreena busca contribuir para o desenvolvimento de terapias inovadoras que revertam doenças de perda visual grave, como o glaucoma. Para isso, desenvolve uma forma de “promover” esses ajudantes de cozinha em chefs. “Mais do que reduzir a tese em três minutos, o maior desafio foi falar de um tema complexo para um público tão abrangente”, diz Loreena, comemorando o prêmio.

Veja os vídeos das vencedoras:

Loreena Klein Alves Machado
Ana Luiza Ribeiro Gomes
Wanessa do Bomfim Machado

Notícias Recentes